domingo, 14 de setembro de 2008

Macbeth - Teatro de marionetas do Porto


Uma peça de teatro que aconselho a ver...

Macbeth é uma tragédia escrita por William Shakespeare. Está entre as suas peças mais conhecidas, e é a sua mais curta tragédia. Acredita-se que tenha sido escrita entre 1603 e 1606. É encenada frequentemente, tanto por amadores quanto por profissionais, e seu texto foi adaptado inúmeras vezes para óperas, filmes, livros e mesmo outras peças. Tido como arquetípica, a peça fala dos perigos da sede de poder, e da traição entre amigos. Nesta trama Shakespeare se baseou superficialmente nos relatos históricos do rei Macbeth da Escócia feitos por Raphael Holinshed e pelo filósofo escocês Hector Boece.[1] Existem muitas superstições centradas na crença de que a peça é, de alguma maneira, amaldiçoada, e muitos atores nem mesmo mencionam o nome da peça em voz alta, referindo-se a ela como "a peça escocesa".
No cinema, a tragédia mereceu várias versões, entre as quais a do italiano Mario Caserini (1908), a do austríaco Richard Oswald (1921), a do norte-americano Orson Welles (1948), a do japonês Akira Kurosawa (1957) e a do polonês Roman Polanski (1971).

By: Wikipédia

É uma história de vinte anos, iniciada oficialmente fora de portas (com Miséria, na cidade francesa de Charleville-Mézières, em 1988) e que começou a ser comemorada oficiosamente dentro de portas (com Boca de Cena, no portuense Mosteiro de São Bento da Vitória, em Dezembro de 2007). Uma história que poderia ser contada ao longo de 32 capítulos, tantos quantos os espectáculos produzidos até hoje por aquela que é a mais consequente luso-aventura do teatro «com» marionetas, e um dos raros casos de continuada internacionalização de todo o teatro português. Na impossibilidade de editar a obra completa, o Teatro de Marionetas do Porto (TMP) optou pela compilação de uma (não tão) breve antologia, que tem circulado por vários espaços da cidade, cabendo agora ao TNSJ acolher alguns dos espectáculos mais representativos da voracidade criativa do colectivo liderado por João Paulo Seara Cardoso.Macbeth (2001) e Os Encantos de Medeia (2005) são dois exemplos maiores do trabalho desenvolvido sobre matérias textuais cultas e populares (não receemos os aparentes paradoxos), o primeiro adaptando a «obra maldita» de Shakespeare, o segundo recuperando a ópera que António José da Silva escreveu para ser representada por marionetas. Já em Nada ou o Silêncio de Beckett (1999) e Cabaret Molotov (2006), estamos em pleno território de reconfiguração de formas roubadas à história das artes plásticas e performativas: das paisagens cénicas sugeridas pelo universo de Samuel Beckett à montagem de actos de variedades, que vai buscar ao circo e ao teatro musical referências para recriar um improvável cabaré com sotaque russo. Boca de Cena: Teatro-Jantar é um caso completamente à parte. Espectáculo comemorativo que poderia ter resultado numa festiva revisão da matéria dada, não fosse o caso do TMP nos sentar à mesa com Artaud e Pantagruel para continuar a experimentar, vinte anos depois, outras maneiras de conjugar «poesia» com «anarquia».

Sem comentários: